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Foto do escritorEmily Bandeira

Ai, como a língua está viva


Essa foi uma live muito especial promovida pelo museu da língua portuguesa. Eu nem sou muito de ver live, por isso fiquei, ó, surpresíssima de chegar até o fim dessa e ainda por cima gostando muito <3


Com participação da Ritinha von Hunty(que, ai minha deusa, quem me dera tê-la como professora de literatura), Alex Cobbinah e Gui Fernandes, a galera discutiu de maneira bem simples e concisa algumas questões sobre diversidade linguística.


Fiquei feliz de que tive a oportunidade de participar dessas mesmas discussões durante a graduação em LEA: Reflexões sobre a língua oralizada vs. línguas de sinais (suas complementariedades e algumas obviedades sobre preconceito persistente com pessoas surdas – libras na escolas cadêê? alôô?). Reflexões sobre as variantes das línguas orais vs. a estática da língua falada e a certeza de que a língua oral carrega consigo tecnologias tão sofisticadas quanto qualquer capítulo de gramática...


O que me fez falta no LEA? Justamente o debate que mais penso em correr atrás agora que estou formada: linguagem e gênero. linguagem "neutra". Linguagem feminista. Enfim, sociolinguística e seus desenrolares sobre gênero. Sei que tive muitas professoras feministas ao longo da graduação, me pergunto porque esse debate não foi instituído a sério como os outros acima.


Aprendi sobre preconceito linguístico (e esse debate bobo de língua escrita como superior a língua falada) logo no primeiro semestre, na matéria de introdução à linguística. Aprendi melhor sobre as questões de acessibilidade (e a necessidade de maturarmos nossa curiosidade sobre língua de sinais, áudio descrições, legendagens e afins) na matéria de "Tradução de Filmes" que quiçá tenha sido a matéria mais cuidadosa com o aspecto "social" da língua (que bobagem usar isso assim, a língua e o social não se separam nunca em minha opinião).


Mas não tive nenhuma cadeira dedicada ao debate sobre gênero. Sei que existia uma matéria, a mais concorrida das galáxias do departamento de letras, que tratava da união dos temas língua, poder e gênero. Mas ela não durou mais que um ano na universidade, logo sumiu e nunca mais ouvi a respeito. Uma pena. Uma pena grande.


Isso me faz pensar sobre esse debate sobre gênero que me parece tão antigo mas ainda é tratado como novidade e carregado de surpresa.


Vou ter que estudar muito mais as línguas dentro de uma perspectiva feminista pra entender melhor mesmo.


simbora





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